sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pulseirinhas do Sexo, uma bela discussão

Muita polêmica esta surgindo em volta das pulseirinhas do sexo, uma pulseira de plástico, de várias cores, que quando arrebentada indica o que o garoto deve fazer na garota, algumas significam um simples abraço, outras significam coisas mais picantes como sexo ou mostrar os seios. Ou seja, se um rapaz arrebenta a pulseira preta, a menina deve ter uma relação sexual com ele.

Muita coisa já foi dita sobre essa brincadeira que acontece entre adolescentes e que se originou na Inglaterra, alguns projetos de lei já foram levados ao congresso tentando proibi-las. Existem escolas e pais com os cabelos em pé ao verem seus estudantes e filhos com esse adorno no pulso.



O fato é que a brincadeira foi surgindo no Brasil, e jovens foram aderindo, alguns começaram a usar as pulseiras sem mesmo saber o que elas realmente significavam. E hoje se trava uma grande discussão quanto a isso.

Na verdade a pulseira não é um catalisador que induz ao sexo ou algum tipo de comportamento de risco, ela simplesmente é um símbolo, e como todo símbolo vem carregado de um significado, e quem carrega esse símbolo de significado é a própria sociedade. Tendo essa linha de raciocínio, podemos dizer que o centro de toda essa questão não esta na pulseirinhas em si, mas sim em nossas concepções e banalização do sexo.

É muito difícil tentar proibir os jovens de usar as pulseirinhas do sexo, em uma sociedade em que toda a sexualidade é tratada com tanta banalidade. Qualquer criança com acesso a internet hoje em dia já teve ou tem contato com imagens, sites, vídeos, programas de TV que tratam a sexualidade com um descaso ímpar. Cada dia que passa fica mais difícil ligar a TV e não se deparar com uma cena de sexo em algum filme ou novela.

A idéia aqui não é fazer da vida dos jovens e da mídia um celibato, mas sim começar a ter uma outra postura diante do sexo e da sexualidade. As autoridades, escolas e principalmente pais poderiam aproveitar esse tema trazido à tona e iniciar uma discussão aberta e madura com os jovens quanto a tudo isso.

Seria uma bela maneira de começarmos a criar uma cultura de diálogo aberto e sincero com os jovens, estudantes, enfim futuro de nosso país.

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